O ministro israelense da Defesa, Ehud Barak, aprovou nesta quinta-feira (15) a convocação de até 30 mil reservistas, que poderão ser mobilizados a qualquer momento, anunciou o porta-voz do Exército israelense, general Yoav Mordechai.
"Estamos prestes a ampliar a campanha" em Gaza, declarou à televisão israelense o porta-voz, acrescentando que o ministro da Defesa acabara de "ordenar ao Exército a convocação de 30 mil soldados", que podem ser mobilizados imediatamente.
Depois "determinaremos quantos deles serão chamados", disse.
— Todas as opções estão sobre a mesa.
Nesta quinta-feira à tarde, o primeiro-ministro israelense, Benjamin Netanyahu, havia afirmado que Israel "continuará realizando as ações necessárias para defender sua população".
Mais cedo, a porta-voz do Exército israelense, a tenente-coronel Avital Leibovitz, afirmou que a invasão da Faixa de Gaza por parte de Israel com tropas de terra é "definitivamente uma opção" dentro da operação "Pilar Defensivo", atualmente em andamento.
Mais de 250 foguetes foram disparados da Faixa de Gaza sobre o território israelense em dois dias de conflitos entre Israel e o Hamas, grupo islâmico que governa a Faixa de Gaza desde 2006.
Desses 250 disparos, 105 foram interceptados pelo escudo antiaéreo israelense, um dos mais eficazes do mundo, conhecido como Iron Dome (Cúpula de Aço, em tradução livre).
Além disso, entre ontem e hoje, o Exército israelense já atingiu 250 alvos na Faixa de Gaza.
O número de mortes no conflito começa a subir. Já foram confirmadas as mortes de três israelenses e 13 palestinos — desses, nove seriam militantes islâmicos e quatro, civis.
Hoje, um dos foguetes disparados de Gaza atingiu Rishon Lezion, cidade de 300 mil habitantes e cerca de 12 km ao sul de Tel Aviv.
Após a queda do foguete, alarmes antiaéreos foram disparados em Rishon Lezione e também em Tel Aviv, o que não ocorria desde 1991, durante a Guerra do Golfo.
Este foi o ponto mais ao norte atingido por um foguete vindo de Gaza. Atingir Tel Aviv é considerada fundamental pelos grupos islâmicos, já que essa é a maior cidade israelense, com 3 milhões de habitantes em sua região metropolitana, além de ser o centro geográfico e econômico do país.
O Hamas, que é considerado uma organização terrorista por países como Canadá, EUA, Israel e parte da União Europeia, administra completamente a Faixa de Gaza desde 2006, quando venceu eleições locais. No ano seguinte, em junho de 2007, o domínio da Faixa de Gaza foi confirmado após uma breve guerra civil com outro grupo palestino, o Fatah.
O Fatah, do presidente palestino Mahmoud Abbas, comanda atualmente a ANP (Autoridade Nacional Palestina), que administra os territórios palestinos na Cisjordânia.
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