terça-feira, 20 de novembro de 2012

Eleições OAB-BA: Candidato da situação falta ao debate e abre amplo espaço para a oposição


Eram esperados três candidatos. Só dois compareceram. O debate entre os candidatos à presidência da Ordem dos Advogados do Brasil Seção Bahia (OAB-BA), realizado na noite desta segunda-feira (19) na Faculdade de Direito da Universidade Federal da Bahia (Ufba), não teve nada de morno, e acabou sendo aquecido com a ausência do candidato da Chapa Ação e Ética, Antônio Menezes, da situação. Os candidatos das chapas Mais OAB, Luiz Viana, e Dignidade e Juventude, Maurício Góes e Góes, tiveram, assim, campo aberto, sem réplica, para criticar a atual gestão, que tem como presidente Saul Quadros.
O candidato a vice na chapa de Menezes, Nei Viana, até tentou participar do debate, mas teve de ouvir a reação do público que defendeu que fosse cumprido o acordo que somente os “cabeças” de chapa deveriam participar. Ao fim e ao cabo, o acordo foi cumprido e não houve chance de cancelar o evento já que os outros dois candidatos estavam presentes. Ambos lamentaram a ausência do concorrente. “Ele teve a oportunidade, mas preferiu não participar”, disse Luiz Viana. Sinto-me confortável em participar do debate”, observou Maurício Góes e Góes. Ambos afirmaram não se sentir anti-democráticos por não terem defendido que o candidato a vice Nei Viana participasse do debate no lugar do concorrente direto.
Houve, no entanto, embate entre os dois, diante da possibilidade de confronto bilateral. Enquanto Maurício Góes e Góes criticou as influências políticas na candidatura adversária, Luiz Viana destacou que recebeu influência de personalidades notáveis para a Bahia, a exemplo do ex-governador e vereador eleito Waldir Pires. “Quero uma OAB que inclua, não que exclua. Tenho orgulho de receber o apoio de Waldir Pires, que é um homem que merece nosso respeito”, disse Luiz Viana, que também defendeu que a Ordem interfira com vigor no sentido de melhorar a situação da Justiça na Bahia.
Maurício Góes e Góes também apontou a necessidade de que se revise a tabela de honorários para os advogados baianos, o fortalecimento das seccionais do interior e da Caixa de Assistência aos Advogados da Bahia (CAAB). “A CAAB tem perdido suas funções e deveria trabalhar, inclusive, para que os jovens advogados sejam inseridos no mercado de trabalho”, pontuou. Luiz Viana fez coro e criticou o funcionamento da instituição, “que não consegue organizar nem o serviço de manicure”. Também marcaram o debate questões envolvendo o exame da ordem: Maurício Góes e Góes defendeu, por exemplo, que sejam revistos os custos do exame, que acabam enchendo os cofres da OAB, sem que esses recursos sejam bem aplicados. Luix Viana lembrou da necessidade de rever o plano de saúde dos advogados e manter o que está funcionando, como o serviço odontológico.

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