terça-feira, 30 de julho de 2013

(Bahia) Bacelar entrega cargo de secretário a ACM Neto

O secretário municipal de Educação, João Carlos Bacelar, entregou o cargo ao prefeito ACM Neto (DEM). Ele anunciou a decisão agora há pouco numa reunião com a bancada municipal do PTN, partido que comanda na Bahia. Esta é a segunda baixa no governo desde a posse de ACM Neto, em janeiro. A primeira foi da Sucop, onde o indicado do PMDB foi substituído por outro do mesmo partido.
O professor, engenheiro e economista Jorge Khoury Hedaye será o novo secretário Municipal da Educação. Ele assume o cargo amanhã (31) em ato na sede da SMED.
Bacelar deixa o governo com ótimo relacionamento com o prefeito, apesar de muitos atribuírem a sua decisão de sair ao fato de ter perdido, na atual gestão, a grande autonomia com que comandou a secretaria durante o governo de João Henrique (PP).
Antes de anunciar a decisão à bancada, o deputado teve uma reunião com o prefeito, na semana passada, para comunicar que sua decisão era irrevogável.
Ele era o único secretário remanescente da gestão de João Henrique. Através de Bacelar, a Prefeitura deu o apoio considerado fundamental à eleição de ACM Neto contra o PT e as forças de esquerda. Por este motivo, o secretário se tornou foco constante de ataques dos petistas desde o início da gestão do democratas, enfrentando duras negociações com as liderança dos professores, ligadas ao partido.
Antes da eleição municipal e até se definir por Neto, por comandar uma secretaria poderosa, Bacelar era elogiado por todos os candidatos. Num evento público, o então candidato do PT, Nelson Pelegrino, chegou a prometer que ele permaneceria na secretaria caso ganhasse a Prefeitura. Entre os fatos marcantes da sua gestão, estão um incêndio no prédio secular que abrigava a secretaria, segundo apurou a polícia, em decorrência de um curto circuito.
Com a decisão, Bacelar reassume seu cargo de deputado na Assembleia Legislativa do Estado, desalojando o jornalista Uziel Bueno, que volta à primeira suplência do PTN. Há quem diga também que o deputado retorna à Casa para incrementar a oposição ao governo Jaques Wagner, a qual se enfraqueceu muito desde a sua ida para a secretaria municipal de Educação.
A decisão obedeceria a uma estratégia de recrudescer a oposição ao governo do Estado aproveitando a queda de popularidade de Dilma Rousseff e do governador Jaques Wagner.

Fonte: politicalivre.com.br

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