“Não discutimos isso [a possibilidade de recorrer ao Poder Judiciário] ainda. A gente prefere a hipótese de que eventualmente um veto pode ser derrubado.
Mas isso depende muito da qualidade do veto e do projeto. Não podemos falar genericamente sobre a contestação na Justiça. Neste momento, estamos apelando ao Congresso para que tenha bom senso”, declarou Carvalho.
No próximo dia 20, o Congresso fará uma sessão conjunta para analisar vetos recentes feitos pela presidenta Dilma Rousseff em propostas aprovadas pelos parlamentares relacionadas ao Programa Universidade para Todos (ProUni), à desoneração da cesta básica, ao Ato Médico e ao Fundo de Participação dos Estados
“O fim dos 10% do FGTS é problema dos trabalhadores. É menos dinheiro para o Minha Casa, Minha Vida, um instrumento fundamental para a política social. Quem está interessado em estimular demissões? Quem garante que, tirando os 10%, a economia vai crescer mais?”, acrescentou, sobre eventual derrubada do veto do fim da multa adicional de 10% do Fundo de Garantia do Tempo de Serviço.
A CGU informou nesta semana que vai propor a notificação da empresa Siemens para que preste esclarecimentos sobre denúncias de formação de cartel nas licitações do Metrô de São Paulo e da Companhia Paulista de Trens Metropolitanos (CPTM).
Carvalho defendeu ainda uma reforma política que inclua a proibição de financiamento privado de campanha. “O financiamento privado de campanhas é que provoca essa triste dependência de parlamentares com financiadores. Aí, a gente tem votações que não conseguimos entender. Para libertar os parlamentares desse jugo que é a dependência do financiamento privado, temos de avançar na reforma política. Isso vai ser uma enorme contribuição para acabar com a corrupção”, disse.
O ministro negou ainda que o governo esteja antecipando o debate eleitoral para 2014. “Não é bom para o país nem para ninguém antecipar campanha. Nós, que estamos no governo, estamos fazendo de tudo para aumentar o diálogo, acelerar os processos e entregar as obras. Essa é a orientação da presidenta Dilma. De modo que ficar pensando em 2014 agora não interessa ao governo nem ao país”, declarou.
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