sexta-feira, 19 de abril de 2013

Brasil terá inflação acima da média mundial, prevê ONU

Estande de frutas em supermercado da rede Pão de Açúcar, no bairro do Butantã

Para a ONU, a previsão é de que a inflação fique bem acima do centro da meta estipulada pelo Banco Central (BC), de 4,5% em 2013, a 5,8%


A inflação no Brasil e dos demais países emergentes ficará acima da média mundial em 2013 e 2014, de acordo com previsões do Departamento Econômico da Organização das Nações Unidas (ONU). Enquanto na América Latina a previsão é de uma queda da taxa de inflação entre 2011 e 2013, no Brasil ela seguiu a tendência contrária.

Para a ONU, a previsão é de que a inflação no Brasil fique bem acima do centro da meta estipulada pelo Banco Central (BC), de 4,5%. Em 2011, o IPCA fechou exatamente no teto da meta, com 6,5%. Em 2012, a taxa foi de 5,84%, mas este ano já estourou o limite, ao registrar 6,59% em 12 meses até março. Na avaliação da ONU, a taxa voltará a ficar em 5,8% em 2013, enquanto a média dos países emergentes teria uma inflação de 5,2%. A taxa, porém, seria menor do que a expansão dos preços na América do Sul que, por causa da inflação de 10% na Argentina e de 24% na Venezuela, terminaria o ano com uma média de 7%.
Entre os países dos Brics (Brasil, Rússia, Índia, China e África do Sul), a previsão da ONU para o Brasil não é a mais pessimista. A organização acredita em inflação em 7% para a Rússia e de 8,9% para a Índia. Para a China e a África do Sul, o aumento de preços deve fechar o ano em 3,1% e 4,2%, respectivamente.

Nos países ricos, que sofrem para superar suas crises, a taxa de inflação é bem inferior a dos países emergentes e vem caindo nos últimos dois anos. Em média, os países desenvolvidos terão em 2013 uma inflação de apenas 1,5%. Nos EUA, a previsão é de 1,3%, ante 0,4% no Japão e 2% na Europa. No mês passado, a Grécia registrou sua primeira deflação em 40 anos.
Mas os presidentes dos Bancos Centrais de todo o mundo não disfarçam a preocupação com a volta da inflação nos mercados emergentes, principalmente em economias que enfrentam, paralelamente, um freio em seu crescimento. A preocupação é de que o que era até pouco um consenso - o estabelecimento de metas de inflação e a adoção de medidas para ancorar eventuais pressões - acabe sendo diluído diante de um debate sobre a necessidade de dar espaço para que as economias possam crescer. Para 2014, a previsão é de que o Brasil tenha uma inflação de 5%. (http://veja.abril.com.br)

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