sábado, 29 de junho de 2013

Aprovação de Dilma cai quase pela metade e vai a 30% após protestos, aponta Datafolha.

Já a reprovação quase triplicou e subiu de 9% para 25%

A popularidade da presidente Dilma Rousseff despencou nas últimas três semanas de protestos pelo país e a porcentagem dos que consideram sua gestão boa ou ótima foi de 57% registrados na primeira semana de junho para 30%, aponta pesquisa Datafolha publicada na edição deste sábado do jornal “Folha de S. Paulo”.
Comparada à pesquisa anterior, cuja queda de Dilma já era vista como a maior desde o início do mandato, o total de entrevistados que consideram a gestão da petista como ruim ou péssima disparou de 9% para 25% e, numa escala de 0 a 10, a nota média de sua administração caiu de 7,1 para 5,8.
Segundo o instituto, a queda de Dilma pode ser considerada a maior redução de aprovação de um presidente entre uma pesquisa e outra desde o plano econômico do ex-presidente Fernando Collor de Mello, em 1990, quando houve o confisco da poupança.

Apenas em junho, a presidente perdeu mais de 20 pontos em todos os recortes de idade, renda e escolaridade, e também em todas as regiões brasileiras.
Sobre o desempenho da presidente Dilma frente aos protestos, 32% acharam que sua postura foi ótima ou boa; 38% viram como regular e outros 26% avaliaram como ruim ou péssima.
A avaliação positiva da gestão econômica também sofreu forte queda e desabou de 49% para 27%. A taxa de pessoas que acreditam que a inflação vai aumentar subiu e foi de 51% para 54%. Assim como os que acham que o desemprego vai crescer (de 36% para 44%) e o poder de compra do salário vai cair (27% para 38%).
Queda é comparada à crise no governo Lula
O índice de aprovação de 30%, dentro da margem de erro, é semelhante ao pior desempenho do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (28%), registrado no final de 2005, ano em que foi revelado o escândalo do mensalão.
O pior desempenho do governo Fernando Henrique fora registrado em setembro de 1999 (13%).
Nos últimos dois dias, o Datafolha ouviu 4.717 pessoas em 196 municípios. A margem de erro é de 2 pontos para mais ou para menos.
Plebiscito tem apoio de 68%
A pesquisa também concluiu que 68% dos brasileiros apoiam a proposta de Dilma de fazer um plebiscito para discutir a reforma política, número que se mostra equilibrado entre homens e mulheres de todas as faixas de renda, idade e escolaridade. A maior diferença se dá entre o Nordeste, onde a aceitação é de 74%, e no Sul, com 57%. Apenas 19% responderam que a presidente agiu mal ao sugerir a consulta popular.
Sobre reforma política, 73% afirmaram ser a favor de que os parlamentares debatam o tema. Outros 15% são contra.
Presidente não vai assistir final de copa
A presidente informou ontem que desistiu de assistir à final da Copa das Confederações, entre Brasil e Espanha, domingo, no Maracanã. A assessoria do Palácio do Planalto disse que a presidente recebeu o convite da Fifa para a abertura e o encerramento, mas não confirmou presença na última partida da competição. Na abertura, no estádio Mané Garrincha, Dilma foi vaiada ao aparecer no telão, quando foi citada pelo presidente da Fifa, Joseph Blatter, e quando declarou aberta a Copa.

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