O contraventor Carlinhos Cachoeira, preso desde a última sexta-feira, deixou complexo prisional em Aparecida de Goiânia no início da noite desta terça-feira. Cachoeira foi beneficiado por um habeas corpus concedido pelo Tribunal Regional Federal da 1'ª região (TRF-1). A decisão foi proferida pelo desembargador Tourinho Neto. A 11ª vara federal em Goiás - onde corre o processo referente à Operação Monte Carlo, da Polícia Federal, que levou à prisão de Cachoeira no início deste ano - logo foi comunicada sobre a decisão.
O bicheiro deixou o presídio de segurança máxima e retornou para sua casa, num condomínio de luxo em Goiânia. Na saída, deu rápidas declarações à imprensa em que insinuou possíveis revelações sobre os governos do PT.
— Sou o "garganta profunda" do PT — disse o contraventor aos jornalistas que o aguardavam na saída do presídio.
“Garganta profunda” era o codinome de um informante que esclareceu aos jornalistas do Washington Post detalhes que desmascararam o plano do presidente norte-americano Richard Nixon para destruir os rivais do Partido Democrata. O caso ficou conhecido como Watergate e levou à queda de Nixon
Bicheiro havia ficado em liberdade por 17 dias
No dia 7, o bicheiro foi condenado a 39 anos, oito meses e dez dias de prisão por formação de quadrilha, corrupção ativa, violação de dados sigilosos, advocacia administrativa e peculato, o que o levou de volta à prisão, após 17 dias de liberdade. A sentença com a condenação de Cachoeira e mais sete réus e o mandado de prisão preventiva foram assinados pelo juiz federal Alderico Rocha Santos, da Justiça Federal em Goiás.
No dia seguinte, o bicheiro foi transferido da carceragem da Polícia Federal em Goiânia para o Complexo Prisional de Aparecida de Goiânia. O advogado de Cachoeira, Nabor Bulhões, afirmou na ocasião que pretendia pedir a revogação da prisão do cliente ao TRF-1.
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