quinta-feira, 18 de abril de 2013

UNASUL CONVOCA REUNIÃO DE EMERGÊNCIA SOBRE VENEZUELA

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Encontro ocorre nesta quinta em Lima, no Peru; os governos de Brasil, Peru, Equador, Colômbia, Bolívia e Argentina, entre outros, reconheceram a vitória de Nicolás Maduro, mas os Estados Unidos não

Vários presidentes da América do Sul vão realizar uma reunião de emergência na quinta-feira em Lima para discutir a crise política na Venezuela, após a disputada eleição do presidente Nicolás Maduro, afirmou nesta quarta-feira a chancelaria peruana.


Altos funcionários do governo não disseram se a reunião estava sendo realizada como uma demonstração de apoio a Maduro, ou se os líderes regionais querem emitir um chamado coletivo de calma à Venezuela, onde protestos irromperam desde a vitória apertada de Maduro por menos de 2 pontos percentuais.
Maduro, o sucessor do falecido ex-presidente Hugo Chávez, será empossado na sexta-feira.
Os governos de Brasil, Peru, Equador, Colômbia, Bolívia e Argentina, entre outros, reconheceram a vitória de Maduro, mas os Estados Unidos não. A União Europeia, por sua vez, disse que estava "preocupada com a crescente polarização da sociedade venezuelana".
A reunião será realizada sob a égide do grupo regional Unasul na quinta-feira à noite em Lima, disseram autoridades de alto escalão do governo. O Peru detém a Presidência rotativa do grupo. Observadores eleitorais da Unasul disseram que a vitória de Maduro foi legítima.
Os presidentes de Peru, Uruguai, Argentina, Colômbia e Brasil vão participar da reunião e outros líderes também podem participar, disseram autoridades.
A maioria dos líderes, incluindo a presidente Dilma Rousseff, viajará em seguida à Venezuela para a cerimônia de posse de Maduro, em Caracas.
O resultado da votação presidencial de domingo foi rejeitado pelo candidato da oposição, Henrique Capriles, que denunciou milhares de irregularidades nos centros de votação e exigiu uma auditoria completa dos votos.
Oito pessoas morreram nos protestos liderados pela oposição. O governo acusou Capriles de incitação à violência, o que ele negou.
(Reportagem de Marco Aquino, em Lima; de Brian Winter e Guido Nejamkis, em Buenos Aires) Reuters

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