domingo, 14 de abril de 2013

Venezuela vai às urnas para escolher presidente




Após uma campanha marcada por tensões e troca de acusações entre a oposição e o governo, a Venezuela vai às urnas hoje (14) para escolher o futuro presidente do país. O eleito substituirá o presidente Hugo Chávez, morto no último mês de março, após dois anos de luta contra um câncer. Ao todo, 18.903.143 eleitores estão habilitados a votar em 39.322 mesas de votação, em 13.810 centros de votação (sessões eleitorais).

Sete candidatos foram inscritos para disputar o pleito no Conselho Nacional Eleitoral (CNE), mas a disputa está polarizada entre o candidato governista e presidente interino Nicolás Maduro, e o oposicionista Henrique Capriles. No sábado (13), os principais candidatos pediram a participação dos venezuelanos no processo, que é facultativo.
“É importante que todos votem, independentemente da fila. O voto é secreto e ninguém vai saber em quem cada eleitor votou”, disse o oposicionista Henrique Capriles, durante entrevista coletiva.
Do mesmo modo, o candidato e presidente em exercício Nicolás Maduro disse que espera que as eleições sejam concluídas em paz. Durante uma reunião com observadores eleitorais, Maduro convocou a população a votar. “Cremos que vamos romper o recorde de participação do ano passado, em que mais de 82% dos eleitores foram às urnas”, avaliou.
Pelas redes sociais e nas ruas, os comandos de campanha organizam caravanas para levar eleitores às sessões eleitorais. Após uma campanha-relâmpago, de dez dias, as pesquisas eleitorais mostram Nicolás Maduro à frente de Capriles nas intenções de voto, mas a vantagem do candidato da situação em relação ao oposicionista diminuiu após este período.
Na noite de sábado (13), os dois principais candidatos convocaram coletivas e chamaram a população a votar e pediram paz no processo eleitoral. As eleições são acompanhadas por observadores internacionais da Organização dos Estados Americanos (OEA), do Mercosul, por observadores independentes convidados pela oposição e pela missão observadora eleitoral da União de Nações Sul-Americanas (Unasul).
Maduro tem 51 anos, foi motorista de ônibus e participou desde o início do movimento de esquerda fundado por Hugo Chávez. Em 2000, foi eleito deputado da Assembleia Nacional, e em 2006, assumiu o cargo de Ministro de Relações Exteriores do governo de Chávez, e se manteve na função até 2013, quando foi designado vice-presidente do país.
Substituiu Hugo Chávez interinamente na Presidência da República, enquanto o presidente lutava contra o câncer. Ele é apontado como sucessor político de Chávez.
Depois da morte de Chávez, Maduro continuou como presidente do país durante o período eleitoral. Analistas o apontam também como homem de confiança dos irmãos Castro. Maduro fez Estudos Políticos em Cuba. Sua estratégia de campanha buscou vinculá-lo fortemente à imagem de Chávez.
O principal opositor, Henrique Capriles, 41 anos, é advogado e governador do estado de Miranda, um dos principais da Venezuela. Foi prefeito de Baruta, entre 2000 e 2008, e eleito governador de Miranda, entre 2008 e 2012, depois foi reeleito para mandato até 2017. No ano passado, deixou o cargo de governador para concorrer à eleição presidencial, quando recebeu 44,55% dos votos, contra 54,84% que deram a vitória a Hugo Chávez. Capriles representa a coalizão oposicionista da Mesa da Unidade Democrática (MUD). Na campanha, o opositor prometeu manter os programas sociais e "modernizar o país".

Fonte: agenciabrasil.ebc.com

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